-Olhos Negros-
Os olhos negros se escondiam entre as plumas...
Todas as aves gritavam em beleza.
Toda a beleza, escondida nos becos destas ruas...
Agora em todas as capas e vestidos..
Somente chapéus e espartilhos.
O tempo em que o amor era consumido.
E todas as máquinas, presas ao futuro não vivido!
Olhando para o espelho, logo percebo!
Um rosto de desejo, apodrecido!
Algo morto, já renascido.
E todas as notas soavam somente em uma música...
A ópera e o amor, juntos formavam a angústia.
Somente agora, dentre os olhos negros
Rostos sujos de lama e desejos.
A morte que rondava este lugar
Logo prestes a rezar.
Por cada alma a voar.
Olhos negros a vigiar.
Olhar!
Sonhar!
Pensar!
Falar!
E somente agora eu posso senti-los...
Os seios do amor...
Quente como o sangue, escaldante como a lava...
E a tu que dares o alimento a criança jovem
Que logo terás a sua própria vida afogada em seus erros e orgias.
E de nada mais vivias.
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